sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

AH O VERÃO...

Eu nem sei se hoje é o dia dela ou meu. Ela veio, me transformou e, quando percebi, já tinha mudado. Veio junto com o verão, para iluminar, aquecer e tornar minha vida mais divertida. Ah o verão...

Vou inveja-la sempre por ter apenas 2 anos e 3 lindos verões. A contagem por aqui é assim, nada de primaveras. E ela é igualzinha a ele: agitada, bagunçada e te faz sorrir pelo simples fato de estar sol... outra vez. Nem sempre todo dia. Não dá pra querer tudo. Mas assim como o verão, ela é a metade cheia, com uma maioria arrasadora de momentos deliciosos. Momentos tão gostosos quanto tomar sorvete, brincar na água, ficar bronzeado... quanto a vontade de sair colorido só pra combinar com o dia.

Aliás, porque todo dia é dia. Nem sempre é verão, mas é dia. Se hoje o mundo acaba, em 2012 ele mudou. Lá, há 2 solstícios de verão atrás, conheci a pessoa mais importante da minha vida. Ela me fez ver que a vida é agora, mas o futuro é logo ali. com ela, pensar nos estudos 15 anos a frente, pensar na casa 30 anos ainda mais distantes... e tudo tão perto. Perto porque as escolhas de agora, as permissões de hoje, transformarão essa criança em um adulto. Disso tudo eu não tiro grandes expectativas, apenas me empenho em ensina-la o essencial. Quem sabe assim ela não seja apenas um adulto e sim gente... decente... de caráter e respeito ímpares. Ou melhor, comuns, assim como as pessoas que estão ao nosso lado todos os dias, me ajudando a mostrar a ela a diferença entre fazer e fazer direito.



Ao meu verão particular... Feliz aniversário.

A vocês, minhas outras estações... Obrigada.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

IGUALMENTE DIFERENTE (de tudo)

Que mulher olha muito mais mulher que os próprios homens olham, isso todos já sabem. O que ninguém sabe, ou pelo menos não assume, é que está pesquisando. Seja a calça, seja o corte de cabelo, seja como NÃO usar uma roupa... Escaneiam, filtram e registram na listinha Wannabe. Bom mesmo é quando o exemplo vai além da casca.

Eu tenho uma amiga assim. Ela está longe de ser perfeita e duvido muito que queira, mas sua sede de viver, sua vontade de fazer a diferença, de ser o melhor... o seu melhor... são inspiradores.

Inspiram e fazem respirar pessoas como eu... assim, sugestionáveis, sabe? Torça o nariz enquanto eu pergunto: "Por que não?". Com tanto mundo transbordando a gente de coisas ruins ou desnecessárias, por que não se abrir pra coisas que prestem? Copie mesmo, pegue pra você o que te fizer alguém melhor. É como um cantor do The Voice (que ela ama, e chora, e transborda como eu) que escolhe aquela música batida e transforma em algo novo, mesmo que não tenha nem mudado o tom... transforma em algo seu. Foi lá, pesquisou, colocou alma e... SAIU IGUAL, MAS DIFERENTE. 

É cópia? Eu chamaria de coisa pequena dando forma a algo muito maior, mais profundo e significante. Significante, porque para a sugestão valer a pena, não basta sair por aí copiando. É muito mais que cópia, aliás nem é.  Quem espalha coisa boa quer mais é que a corrente aumente. Fazer isso é uma questão de dom, daqueles que você faz o tempo todo e nem nota. É uma questão de ter currículo... e tem! A bicha ainda transborda beleza, sorriso, personalidade, inteligência, vontade de aprender, bom gosto, fora o pacote Office avançado... já te convenci a colocá-la na listinha de coisas que agregam, né? Né nada... não vim aqui convencer ninguém....




... apenas sugerir.

 É a minha Twin, que não tem nada de parecido e ao mesmo tempo achamos uma franja que nunca cresce, um óculos verde-água e uma caveira aqui e ali só pra contrariar.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

ANJO DA GUARDA

Outro dia um amigo disse que se o choro for dos dois olhos é namoro... eu diria que é mãe. Você chora com os olhos, com toda alma e esperança que lhe resta. E dói. Dói porque sua mão está amarrada e não há nada que você fale para mudar isso. A razão até é sua, você é organizada por acreditar que isso ainda valerá de algo, mas não é bem assim. A verdade é clara, os argumentos transbordam convicção (e nem seria diferente, são verdadeiros, afinal de contas), a balança dourada anda desregulada... e não é pouco.

Aí você começa a pensar em todas as pedras que foram colocadas para barrar alguns e servir de degrau para outros... é a tal da burocracia. Acontece que, assim como em O Alienista, o prumo já foi pro saco e já não se sabe mais quem é o que. E aí você entra no saco da mesma farinha de um monte de laranjas podres. Podre quem bate, podre quem fala que apanha mais do que leva e quem fica roxa no final sou eu - a organizada.

Roxa, não... vermelha. Vermelha de tanto chorar. Controle de sódio? Pra que, quando seus olhos ardem muito além do valor diário saudável. O mesmo valor que me transborda, falta em alguns (muitos) outros. A sorte é que você realmente atrai o que emana. Aparece um anjo no meio de dezenas de pessoas em um 6500 biarticulado, um estranho, que tira um papel meio amassado da carteira, atravessa o ônibus, te entrega um cartão e diz "talvez essas palavras te tragam algum conforto".

"(...) Maria passa na frente e resolve aquilo que somos incapazes de resolver.
Tu tens poderes para isso.
Vai mãe, vai acalmando, serenando e amansando corações (...)"

Com os olhos ainda mais embaçados, olhei em volta e não encontrei o anjo que me fez catar minha alma de volta e ir trabalhar...




... porque o Bem não pode perder pro Mal.


segunda-feira, 16 de abril de 2012

OS CEGOS DO CASTELO

O PLAY, o PAUSE... tudo aquilo que a vida não te dava o direito quando a única certeza que você tinha era de que tudo mudaria. E mudou.

Mudou, inclusive a certeza. Basta um tropeço pra você pensar duas vezes antes de dar o próximo passo. Pensa duas vezes no próximo ou em milhões de besteiras distantes. Porque é assim que acontece... longe... fora de você. Sai feito um ex-gordo pouco adaptado ao novo espaço que ocupa no mundo e sai batendo pelos cantos, se machucando e machucando o outro. Ficando pesado mesmo leve, porque quem levou deixou só a parte ruim. E não importam quantos são os milhões, eles sempre serão mais que dois. Tudo o que estava aqui, tudo o que te deram, vai embora com um SEND apertado (e não volta).

Vem do nada, não avisa nem passa recibo. De repente está lá, muda tudo. De repente aquele é o seu novo número e vem alguém e muda tudo outra vez. E você se ajeita, se estica, se encolhe, até aquele novo servir... mas não serve. Não serve, porque se acostumar com menos não é algo que se peça e muito menos que se consiga. Você tenta não se contaminar, mas é uma virose das bravas... bom mesmo era o tempo das drogas.

Pior mesmo é saber como essa história termina. O PLAY, muda de nome, mas o PAUSE continua sendo seu maior desejo, como era no seu filme...




... aquele do príncipe.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

TRANSBORDE

Todo ano as pessoas tem pedidos aos montes para fazer, como metas a serem atingidas naquele período que está começando. Eu não sou diferente... também tenho minhas vontades e não são poucas. Engraçado é que nessas Festas eu já não esperava mais nada. Não comprei presente no Natal, não pensei em que roupa iria vestir, não rolou a caça a calcinha perfeita pro Réveillon, muito menos planos para ele. Em troca disso... meu pai se despencou de surpresa dos EUA em pleno 24 de dezembro, ganho um batizado surpresa da Lulu em pleno Natal, tenho uma semana de férias extremamente atípica, um aniversário que mudou uma parte muito especial da minha vida, uma internação (non grata) surpresa nos 45 do 2º de 2011, um réveillon calmo em família. Uma virada com índice de expectativas pra lá de nulo, onde acabei agradecendo muito e pedindo nada. Aí eu percebi como a ausência de idealizações pode ser prazeirosa, porque tudo ali é lucro!

Percebi que não importa como ou com que roupa você passa, mas como você passa por dentro. É a sua energia, a energia que você está imprimindo ao novo ano que faz a diferença. Desde que a Lulu chegou (antes dela ir pro hotel de bebês, aka maternidade), me vejo cada vez mais seleta e cuidadosa com minhas escolhas. Com um pouco de treino, isso se torna um hábito com retornos muito positivos. Eu só não imaginava o quanto uma boa faxina nas escolhas atrairia ainda mais de tudo o que é bom, de tudo o que cresce, de tudo o que anda pra frente. E 2012 está assim... o que é bom fica, o que não presta sai... quase uma desfragmentação do C: dando espaço de alma pro novo entrar.

Tenho recebido provas atrás de provas da nossa tolice, da nossa miopia interna. Pensamos que está tudo bem e nos surpreendemos logo depois. Mas o que surpreende mesmo é que, a nitidez que falta quando achamos que estamos ok e não estamos, transborda quando estamos realmente no caminho certo. Direção certa, atrai boas novas. Boas novas atraem boa energia. E como o que é de coração atrai paz e cabeça leve. E que 2012 me transborde de tudo isso.


E, pra você... em dobro.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

NO VACA

Você tenta, mas não dá. Quando você menos espera, lá está você de cabeça para baixo. Pior, lá está você, de cabeça para baixo, nadando para cima, outra onda vindo e outra e outra e outra. É só você agora. Sua prancha já foi com o primeiro caldo. O esquema é criar forças e nadar pra cima. Mas como criar força se nem respirar você consegue? Tem horas que a coisa tem que vir de dentro. Aliás, é justo agora que você descobre o quanto é forte.

Uma novidade: Ser forte não é dar conta. E talvez você nem dê, mas vai fazer tudo. Tudo o que puder. O lado quente vai amar, o lado frio vai pensar... os dois juntos vão te transformar. E você vai estar lá, firme, fazendo tudo o que puder, quebrando as barreiras que a vida pode ter colocado entre vocês porque é hora de aproveitar. É hora de não deixar pra amanhã ou depois. É pra fazer agora o que for ruim e o que for bom. Porque o que for ruim, tem seu tempo pra passar, e o que for bom, tem seu tempo para ser aproveitado sem deixar aquela sensação de "devia ter ido mais uma vez no brinquedo antes de ir embora pra casa".

Uma dica: Abra o peito. Dar peito é se dar a chance de receber muito mais.

Um segredo: Ser forte, amar, pensar, aproveitar, se transformar ainda não é dar conta... para isso, os amigos.



Sem mais.
Sempre mais.
Sempre aqui.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

TRUCO

Ainda hoje me surpreendo com a capacidade que temos em ignorar nossa intuição. Tem coisa que belisca você e só tempos depois é reconhecida com legitimidade. Foi a assim com a Lulu. Eu sei exatamente quando ela apareceu. Mesmo assim, precisei de meses e da história maluca de uma amiga - contando como teve certeza absoluta de quando engravidou, como soube que algo tinha acontecido naquele instante - para descobrir que aquilo não era coisa da minha cabeça, era sensibilidade. E isso acontece o tempo todo, mas só somos capazes de assumir que já tínhamos nos dado conta daquilo quando coincidências começam vir a tona. Aí você vê que coincidência mesmo foi só a incapacidade de sentir de peito aberto o que bateu. Também pudera... você apanha tanto, que fica difícil se despir do medo. Até carne muito amaciada rasga!

Com o amor é assim, você toma tanto tapa na cara, que a pele fica rígida. A maioria das pessoas corre atrás do Amor-Status, da aquisição de um fundo de investimentos do coração, onde ela espera dar amor e receber o lucro multiplicado o quanto antes. Tenho uma novidade (leia-se notícia): você está fazendo isso errado. Não sei nem se é errado, mas não chega aos pés de quando você percebe que está fazendo direito. E isso é só seu. E só percebe quando acontece, porque o retorno é tão positivo, que você já nem sabe mais o que está indo e o que está vindo. Porque você adora tudo, até o que o outro adora em você. Aqui não tem Fernanda, que gosta do Caio, que gosta da Mari, que gosta do Matheus... aqui é tudo "just so easy when the whole world fits inside of your arms". É uma bola de neve. Uma daquelas que mais parecem um pufe quentinho e bem frequentado. "Aaaah, mas ela tá apaixonada"... também, mas não se trata disso. Trata-se de como tudo o que não é Amor-Status cabe dentro do que é bom. Amizade-Status dá tanto defeito quanto, não se engane. Eu to falando de não esperar, porque tudo o que você precisa está ali naquela hora. Não é pra parar de sonhar... longe disso... é para não deixar de aproveitar o que você sonhou, só porque está ocupado sonhando um pouco mais. Viver acordado é muito mais legal. E viver acordado com alguém que está acordado é o Megazort. O Zap. O Rebate na Sueca.

E aquilo tudo que você chamou de "espero que um dia", vai acontecendo sem que você se dê conta do quanto se preparou pra isso. Os "vai ques" daquele dia não passavam de: você, se preparando pro dia em que alguma coisa diferente ia acontecer...





... e você sabia.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

UNWRITTEN

É como naquele filme Click, onde cada momento que você opta por não viver, dá um FWD justo na hora que você quer parar. Eu sempre enchi a boca (leia-se acreditei) pra dizer que não tem PAUSE só porque ela apareceu, mas o que eu não percebi mesmo é que meu sinal estava analógico e por isso não enxerguei o quanto minha vida parou. Bastou instalar o HD pra ficar claro o quão poética (e nem sempre viável) é a ideia de ser mãe o tempo todo e dar conta disso emocionalmente. O mundo gira e chega a hora que a sua vida vem cobrar as rodadas que você estava de café com leite. E tr mostra isso da forma mais adoravelmente perversa possível: te lembrando como é bom. Aí você acha que tá rolando um bônus por aquele tal papo de "dedicação total a você", mas percebe que só chegou no Robotinic outra vez e que pra mudar de fase, vai precisar aprender como administrar seus golpes em meio aos dele.

Aprender é legal, é... eu super apoio. Agora, fazer lição de casa em pleno feriado de céu azul, sol e os melhores planos do mundo? Aí você se dá conta de que não sabe nada sobre como é não ser o que tem sido esse tempo todo e (PLAU IN MY FACE) como estar na prática disponível como estou por dentro.

Pra quem quer pular casa, FWD quando quer parar.
Pra quem pára e não percebe, PAUSE quando quer andar.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

BALA DE TROCO

E quando você acha que o mundo girou, que boa parte das coisas já não te importavam mais, vem as leis - escritas provavelmente por pessoas que nunca estiveram no seu lugar - e te obrigam a conviver com o que há de pior para ser lembrado na sua vida. É igual o médico que te manda pra casa sem amenizar seu sofrimento. Como se espera uma dor passar? Com atestado médico para ser entregue no trabalho? Minha opinião: todo especialista deveria ser obrigado a ser antes sujeito daquilo que trata.

Mais! Isso deveria valer para as pessoas, que aceitam tarefas sem refletir sobre a própria capacidade de bancá-las. Não... Desafios não tem nada a ver com isso. Desafios são muito diferentes de "não tem nada de bom pra dizer, então tosse". A pessoa quer meter o bedelho, quer pagar de #1... oi!!!... tudo o que vai, bate em algum lugar e causa um atrito irreparável (seja ele bom ou não). Não dá pra sair por aí fazendo o caçador de jacarés do Pantanal, que mata porque é temporada. O que você decide hoje, repercute a frente. Mas quem disse que quem não pensa em conseqüências seja capaz de perceber que o Tempo demora muito para passar e o resultado pode vir justamente quando tudo estava melhor e mais calmo? Piada (mas não).

É injusto que, por uma decisão dos supostamente justos, você faça tudo e mais um pouco para na hora de poder alguma coisa, não poder coisa alguma. Atada....






...de mão, cabeça e coração.