segunda-feira, 29 de julho de 2013

ESPELHO DE DOIS GUMES


Aquela coisa de pontes... estou vendo que só funcionam para nos conformarmos em não ter mais algumas pessoas por perto. As que prestam, lógico, as que não, me encarreguei pessoalmente de lança-las do ponto mais alto. Fato é que você precisa estar bem. Ok alguns dias de fossa, ok se entupir de brigadeiro, ok ter mais lágrima nas veias que sangue, mas ficar triste não muda nada, talvez você ganhe dó incondicional... jogaria do alto da mesma ponte.

Um amigo me disse: "só me faça um favor: não se prive de sorrir". Dito e feito, tem horas que o sorriso transborda a gente, é incontrolável...  as lágrimas também. E você já não sabe se quer falar ou ficar quieto, não sabe se quer ouvir ou manter aquilo que você concluiu sozinho. Porque você não está bem, mas está tentando ficar. E o "quer falar sobre isso?" é como uma Kryptonita.

Não tem o que falar que baste aquela agonia. Assim como as boas palavras amigas, existem as desinformadas. São aquelas que um amigo ACHA que sabe, mas a verdade é que, quando a porta fechava, éramos só você e eu. E era ali que você se mostrava como nunca. Se mostrava como a ponte na qual eu colocaria tijolos todosantodiadaminhavida para que ela nunca acabasse. Uma ponte bifurcada, continuando com uma pista só.

Talvez eu estivesse colocando tijolos na ponte errada. Talvez tudo não tenha passado de um reflexo de água no asfalto, que fez parecer que você estava caminhando ao meu lado.